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Transferência e Diagnostico ( ACP )

TRANSFERÊNCIA E DIAGNOSTICO

Transferência na abordagem Rogeriana as atitudes do cliente são orientadas para o terapeuta como pessoa realmente presente, não como símbolo de alguma figura significativa que pertença ao passado do individuo.

Ex. a apreensão que o cliente costuma sentir ao primeiro contato com o terapeuta; decepção que experimenta no decorrer da entrevista quando constata que suas esperanças de ser guiado e aconselhado não se realizam. Se a transferência se relaciona com toda manifestação afetiva por parte do cliente para com o terapeuta, pode-se dizer que a terapia Rogeriana faz intervir a transferência; se a transferência se relaciona com a expressão intensa de tendências infantis que tem raízes na experiência passada do individuo e que este projeta no terapeuta, então a transferência não se observa na abordagem Rogeriana. Atitudes de transferência; sim relação de transferência não. Ainda que o cliente manifeste tendências a sentimentos de intensidade moderada e de natureza realista, muitos revelam a existência de atitudes consideravelmente mais intensas.

Ex. necessidade de dependência
-temor (sentimentos com autoridades)
-sentimentos de hostilidade-sentimento de desejo e de amor erótico.

Essas atitudes se manifestam, sem duvida alguma em toda terapia. A diferença que a terapia Rogeriana no que se refere a relação de transferência está no desenvolvimento e na evolução que estas atitudes manifestam durante o processo.

Na Psicanálise estas atitudes tende a desenvolver-se no sentido da relação cujo papel é importante crucial no que se refere ao processo e aos resultados terapêuticos. O quer não acontece na terapia Rogeriana com a total relação de dependência completa e persistente.

Algumas questões sobre o processo da terapêutica Rogeriana:

a) A possibilidade de uma terapia relativamente breve depende da possibilidade de uma terapia sem relação de transferência já que, segundo todos os autores Psicanalíticos, a dissolução da relação de transferência é um processo muito longo. Será, pois conveniente examinar se e possível a terapia sem quer tal relação se estabeleça.
b) O comportamento do terapeuta ante as atitudes de transferência do cliente e o mesmo para com qualquer outra atitude do cliente; ele esforça-se por compreender e aceitar compreender, não no sentido intelectual, mas no sentido de aprovar, mas no sentido de admitir sem julgar.
c) Este modo de agir do terapeuta leva o cliente a conclusão de que a origem, a fonte destas atitudes se encontra em si mesmo, e não no terapeuta.
d) A explicação do foto de o cliente chegar tão fácil e naturalmente a conclusão de que as atitudes em relação a questão representam expressões do “eu” e não reação a certas características do terapeuta,está no fato de que o terapeuta não oferece base real, concreta, sobre a qual o cliente poderia fundamentar suas atitudes,este se vê forçado a procurar sua origem na sua própria subjetividade.

Assim diante desta situação o cliente depois dos seguintes passos chega a sua conclusão:

se dá a presença de atitudes de transferência
a reação de terapeuta para com tais atitudes
a reação do cliente ante o comportamento do terapeuta
o cliente conclui que a questão representa expressão do “eu”

Comentário- O comportamento do terapeuta não oferece a estas atitudes nenhuma ocasião de se ampliarem e de se desenvolverem em relação de transferência, ou até mesmo em neurose de transferência. Porem o que acontece com estas atitudes é que a dinâmica do cliente evolui de tal modo que, segundo todas as indicações, ele faz aproximadamente, o seguinte raciocínio; Eu imaginava a situação de certa forma como: ex. atraentes, horrível ou ameaçadora... Contudo, nas minhas relações com esta pessoa (o terapeuta), parece que não há nenhum motivo par que eu continue a conceber ou interpretar a situação tal como fiz. Pode-se observar que estas atitudes não são substituídas por atitudes simbólicas. Elas não são sublimadas, não reeducadas. Por esse motivo a relação de transferência desaparece porque o cliente conseguiu perceber-se a si mesmo de maneira nova e que retira toda significação, e toda validade a estas atitudes.

A hipótese relativa
ao fenómeno de transferência, as atitudes de transferência parecem ter tendência a se manifestarem principalmente quando a tomada de consciência dos elementos não admitidos da experiência é acompanhada de ameaça considerável para o paciente. Porem quando a relação de transferência parece ser função de constatação pelo individuo, de que outra pessoa é capaz de conhecê-lo melhor, a ele e a seu problema, de que ele e próprio e capaz de fazê-lo.

Diagnóstico – O tratamento psicoterapeuta deve ser precedido de uma avaliação profunda do problema e da personalidade do cliente. Esta questão não foi resolvida por nenhuma escola de psicoterapia de maneira plenamente satisfatória. O problema da origem do diagnóstico parece encontra-se numa concepção fisicista da natureza e do tratamento das afecções psicológicas, No campo das doenças orgânicas, físicas o diagnostico é, evidente conseguir progresso espetaculares, com a descoberta e o desenvolvimento e ao refinamento dos meios, cada vez mais adequados de diagnóstico.

Primeiro o tratamento racional não pode ser efetuado antes que um diagnóstico preciso tenha sido estabelecido (F. C. Thonne). O declínio da importância concebida ao diagnóstico como operação distinta e previa se evidencia, principalmente, na concepção largamente difundida, segundo o qual o processo terapêutico começa desde o primeiro contato com o cliente e se desenrola simultâneamente ao diagnóstico.

Segundo o diagnóstico psicológico como operação distinta e previa é necessário ao tratamento e é inclusive susceptível de dificultar os progressos e os resultados da terapia.
Já que a concepção da necessidade do diagnóstico como condições e base do tratamento psicológico tem raízes na tradição médica e a ela parece-nos que deveríamos dirigir para obter algumas indicações de critérios:

a) Toda doença orgânica e o efeito de causas antecedentes.
b) O desenvolvimento dessas causas facilita o tratamento da doença.
c) A identificação e descrição das causas exigem operação racional que fazem intervir método cientifico.
d) Requer competência formação cientifica e médica.
e) Quando a causa é descoberta e identificada, a afecção pode geralmente ser remediada ou modificada por fatores utilizados ou substâncias administradas por aquele que faz diagnóstico ou por outro representante da profissão.
f) Assim como a ação sobre os fatores causadores da doença devem ser confiada aos cuidados do próprio paciente (regime alimentar, redução de atividade física etc.) certa educação do paciente deve ser também empreendida, a fim de levá-lo a ver seu caso de maneira semelhante a do medico.
g) Assim o diagnóstico psicológico se imporia as proposições enunciadas se forem aplicadas no campo das doenças orgânicas.

Eis aqui, precisamente, que se manifestam as divergências de opiniões. Certos terapeutas sustentam que o diagnóstico psicológico constitui efetivamente uma operação intelectual e especializada que requer a competência do profissional, da especialidade, Contudo, os partidários desse ponto de vista, não podem deixar de reconhecer que muita pouca coisa foi realizada, até hoje, que permita prescrever tratamentos específicos adaptados a diagnósticos específicos. Apesar disto, continuam convencidos de que esta concepção representa a base de todo progresso terapêutico.

Terapêutica Rogeriana e sua Lógica. (Proposições Fundamentais)Todo comportamento tem uma causa, e a causa psicológica do comportamento consiste em certas percepções ou em certa maneira de perceber.Somente o cliente é capaz de adquirir um conhecimento completo da dinâmica de seu comportamento e de sua percepção.

Comentário Estas duas proposições concluíram que também em psicanálise quanto em terapia Rogeriana e o paciente ou cliente que, em última instância e o arbitro. Para que uma mudança possa produzi-se no comportamento, uma mudança de percepção deve ser experimentada. A compreensão simplesmente intelectual não seria suficiente para esta finalidade.Esta proposição expressa o argumento principal da posição Rogeriana, o próprio fato de chamar a atenção do cliente sobre certos aspectos de seu comportamento ou de sua personalidade poderia tanto provocar sua resistência quanto a levá-lo a considerar estes aspectos de modo racional não defensivo. Logo parece mais razoável supor que o cliente explorara os aspectos contraditórios de sua personalidade tão logo for capaz de suportar a dor que acompanha tal exploração e que experimentará uma mudança de percepção tão logo estiver em condições de enfrentar a necessidade desta mudança.A modificação da percepção a reorganização do eu e o estabelecimento de novas aprendizagens necessárias a um melhor funcionamento devem se efetuar pela ação de forças residentes essencialmente no cliente; e é pouco provável que sejam realizadas a partir do exterior. (o caráter ineficaz ou temporário dos efeitos da hipnose e outros procedimentos que visam mudar o comportamento pela aplicação de forças externas ao individuo)

Aspectos do Diagnóstico Psicológico reconhecido Pelos Terapeutas Rogerianos.O fenómeno terapêutico consiste na tomada de consciência de modo de percepção inadequadas, na aprendizagem de modo de percepção mais corretas e na apreensão de relações de comportamentos existentes em determinadas percepções. No sentido profundamente significativo e real, a própria terapia e um processo diagnosticam que se desenvolve na experiência do cliente e não no pensamento do clínico. Conclui-se que o processo terapêutico, qualquer que seja o método, termina praticamente quando a dinâmica do comportamento é realmente experimentada e aceita pelo cliente.
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